Se gosta de mascaradas, folias e pouca roupa no corpo, esta pode ser a sua época preferida do ano. Faça chuva ou faça sol, o Entrudo é, para muito foliões, a melhor desculpa para viajar.
O Rio de Janeiro é o destino mais famoso nesta época do ano. Em Fevereiro é a terça-feira mais esperada pelos foliões e sambistas da capital mundial do Carnaval. Todos os anos, a história repete-se: nas ruas ou o alcatrão e bancadas no Sambódromo, a Avenida Marquês de Sapucaí, milhões de pessoas deixam-se levar pelo enredo das escolas de samba mais famosas do Brasil. Durante a semana do Carnaval, as autoridades brasileiras e os delinquentes da cidade chegam a um acordo tácito de não agressão. Afinal, não há nada mais importante que o Carnaval do Rio de Janeiro.
Em Portugal, além de Torres Vedras, Ovar, Loulé ou Sines, há uma festa que se sobrepõe a todas em termos de projeção internacional – a ilha da Madeira. O fogo de artifício na baía do Funchal, o desfile pelas avenidas ou as festas ao largo em iates e outras embarcações privadas são os pontos altos. A afluência de visitantes ao arquipélago aumenta exponencialmente em Fevereiro e há um trunfo que, nesta altura do ano, faz toda a diferença: o bom tempo.
Calor e diversão é o que se procura em Trinidad. Nesta ilha das Caraíbas, o Carnaval é encarado como o maior evento anual e o samba é substituído por ritmos igualmente sensuais como o calypso ou a soca, cujas raízes remontam ao século XIX, numa mistura de tradições francesas com rituais dos escravos que habitavam a ilha. Também aqui há desfiles com carros engalanados e homens e mulheres com pouca roupa e, claro está, a diversão também está garantida.
Registo diferente é o Carnaval de Veneza, quiçá o mais requintado em termos de indumentária. A cidade dos canais e das gôndolas transfigura-se, com arlequins, pierrots, damas antigas e muitas máscaras que cobrem o rosto mas não escondem as recordações de outros tempos. A imagem vale tudo com a maior parte dos visitantes a concentrarem-se na Praça de São Marcos num ritual originário do século XIII.
Para terminar o périplo, atravesse-se o Atlântico até Nova Orleães, onde o Carnaval é conhecido por Mardi Gras, a expressão francesa para Terça-Feira Gorda. A animação começa em Janeiro e estende-se até Fevereiro. Pelas ruas circulam visitantes de todo o mundo em desfiles ao som do jazz e ritmos herdados da época de escravatura. As tradições do profano têm um peso bastante importante e a sexualidade ocupa também uma forte componente. Afinal, em qualquer destes pontos da Europa ou da América, o que importa mesmo é deitar a tristeza para trás das costas.
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